30 de março de 2009

Mágico Teatro Mágico

obs. A ordem cronológica dos fatos não está correta
Sexta-Feira, 27 de março. É um dia que vai ficar marcado. Pelo menos na minha vida.
Tudo começou com 4 aulas matadas.Passamos no shopping para comer alguma coisa e partimos então pro teatro Marista. Chegando lá, uma puta fila. Fomos caminhando ao final quando encontramos uma amiga nossa. Não tivemos dúvida, ficamos por ali mesmo. Sei que é chato. Chato quando a gente está esperando na fila e algum esperto entra na nossa frente. Sejamos espertos então, afinal, quem não cortou com certeza vai cortar uma fila algum dia.
Já fui em vários shows. Muitos bons e muitos ruins também. Dessa vez resolvi ir sem expectativas. E não é que funcionou!
Adentramos o teatro, buscamos um bom lugar (entenda bom lugar, as filas laterais, já que as do meio já estavam ocupadas). Sentamos e esperamos. No meio tempo de chegar e começar, aconteceram algumas coisas. Teve uma mina que sentou na cadeira que guardávamos pra outra amiga. Teve uma mina que perdeu o nariz de palhaço que trazia consigo (recuperado ao fim do show). Teve namorado de uma amiga nossa olhando feio para nós (pelo menos pareceu).
Estava lá, sentado, sem expectativas nenhuma de um bom show. Eis que um sentimento mágico que até agora não sei explicar entrou no meu corpo. Foi no momento que o Anitelli disse:
"A POESIA PREVALECE!"
Meu camarada. Foi foda. As luzes apagadas, o palco impecável, a música, a poesia.
No meio da primeira música entrou um ente do folclore brasileiro (se não me engano). E a gente esperando a Gabriela Veiga aparecer por lá.  Quando menos esperávamos a mina surge cuspindo fogo.
Teve um montro gigante, o cidadão de papelão, um zé mané que subiu no palco pra imitar o Silvio Santos. Mas o ponto alto mesmo, na minha opinião, foi durante a música "Sonho de uma Flauta". Foi quando desceu um tecido do teto e a Gabi (íntimos já) fez uma puta apresentação fudida (com o perdão do palavreado). Ela descia, subia, rodopiava no ar, parecendo uma "flor, que o vento tirou pra dançar..."

http://www.youtube.com/watch?v=ZU2OAQE6h2M
Fiquei boquiaberto, me senti uma criança indo à primeira vez ao circo. Aquela sensação de "mundo perfeito" trazida pela música fazia algum sentido.
Não costumo pagar pau pra ninguém, muito menos pra homem. Mas pro tal do Fernando Anitelli eu pago sim! O cara teve uma grande idéia e fez acontecer. Sem falar que ele é um grande escritor, e grande músico. E a sua trupe é ótima também.
O show terminou com "O Anjo mais Velho" e o povo aplaudindo de pé e pedindo bis.
Acabando o show, eu ainda em ecstasy total, começou a nossa jornada para tentar tirar foto com o pessoal do Teatro Mágico. Foi foda. Aos poucos eles foram aparecendo. O que estragou foi os seguranças querendo empurrar a gente pro saguão. E uma das promoters (gorda que só ela) Que mentia pra gente. Dizia que Gabi e cia já estavam no saguão, enquanto olhávamos por debaixo das cortinas eles passeando de um lado pro outro a alguns metros da gente. Que feio heim...
O único que não conseguímos tirar foto foi o Anitelli. O único que saiu com seguranças. Foda ser 'o cara' do grupo. Mas o que veio a seguir valeu por tudo. Debaixo das cortinas eu via a Gabi e numa dessas, ela me viu. Acenou com um "espera um pouquinho" os meus apelos pra que ela viesse tirar foto com a gente. Só faltava ela. E a gorda tava arrumando artimanhas para nos tirar dali, para que seus 'convidados' tivessem a honra de ficar uns minutinhos com os artistas antes da gente. Nem fudendo. Ficamos plantados ali esperando.
E a espera valeu a pena. Toda linda, a Gabi apareceu pela cortina perguntando pelo 'japones loiro' que tava chamando ela. Eu tenho pra mim que ela se referia a mim mesmo, trocando a cor do cabelo. Afinal, era o único besta que ficava olhando procurando ela embaixo da cortina, pulando, andando e correndo impaciente de um lado pro outro. Mas se não for também, tudo bem. Pra não dar erro tirei duas fotos já. E olha que a camera quanse me deixou na mão.
E assim pudemos ir embora. Com a lembrança de um grande show em nossa memória.
Não vou dizer que foi o melhor da minha vida. Mas foi com certeza o que mais tocou. Trazendo de volta aquele sentimento bom de quando se é criança, de quando a gente não precisa se preocupar com nada na vida, a não ser aproveitar cada momento.