30 de maio de 2011

Medo


Segundo o dicionário Aurélio, "medo é um sentimento de viva inquietação ante noção de perigo real ou imaginário".

O homem não nasce com medo. Aprendemos a ter medo a partir das vivências de todo dia. Começamos temendo os bichos papões, homens do saco e lobos maus da vida. Histórias essas muitas vezes contadas pelos nossos próprios pais, para nos demover de certas vontades e quereres. Após, aprendemos a temer a travessia da rua, o escuro, os "Gritos" e "Chamados", até chegar ao maior medo de todos.




Quem nunca temeu pela vida quando, dormindo, acordou com um braço para fora da cama, o escorregão que parece que vai nos jogar pra fora da cama, ou com aquela sensação ruim de um mau sonho. Das duas uma: cobrir-se por inteiro, já que o cobertor nos protege de todo o mau; ou dar uma bela duma checada nos armários, embaixo da cama, só pra ter certeza que não tem nada alí..

Ou que, após assistir a um filme menos cândido, dormiu meio pé atrás, de olho na janela, na porta, só para ter certeza que nenhuma coisa ruim possa aparecer no meio da noite. Eu mesmo fiquei uns três meses agoniado com aqueles canais que só transmitiam estática, após assistir ao "O Chamado" (o primeiro, o 2 eu não tive p***** pra assisti).

Quem nunca deixou de dizer algo ao patrão, a um cliente, prezando pelo seu futuro.

O medo nos controla. Isso é fato. Controla nossas ações, nossos atos, nosso modo de pensar e ver a vida. Pelo medo nós somos controlados, alienados. Pelo medo, um homem consegue controlar intituições, fundações inteiras, países, populações, povos, uma nação.

O medo nos faz perder a razão, obedecer ordens, seguir leis sem sentido. Nos faz retrair, esconder nossas opiniões e aquilo que pensamos.



Mas um sábio uma vez disse: "nunca se vence uma guerra lutando sozinho". Então vamos debater, conversar, trocar idéias e opiniões. Fazer alguma coisa, não se acomodar com aquilo que incomoda.

Ou pelo menos podemos contar com a nossa mãe para fazer companhia depois daquele filme horrível do sábado a noite.