25 de fevereiro de 2009

A Kombi Quebrada

Naquela época ainda morava na cidade de Paranacity. Estudávamos, jogávamos bola, tocávamos violão (tem esse monte de acento?). Éramos do Interact (tipo o Rotary, só que para jovens), um grupo de pessoas que buscavam fazer o bem. Na verdade muitos entravam mais pelas festas, acampamentos e encontros que aconteciam. A história de hoje é sobre um desses encontros, no caso, o InterCamping.

Em minha turma éramos em uns 5, somados a resto do pessoal dava uns 12 no total. Arrumaram uma kombi pra levar a gente. Podia te rolado uma van e tals, mas não. Mas o pior não foi isso.

Estava tudo pronto, mochilas, violão, barracas, quem ia dormir com quem, aquele ânimo da porra até que chegou o tão esperado momento: a hora da partida. Iríamos na ocasião para Nova Londrina, que fica a não sei quantos quilômetros de Paranacity. Passaríamos 2 ou 3 dias lá.

Subimos na kombi e partimos, uma felicidade só! Saímos da cidade, cantarolando canções, conversando, comendo, bebendo (na época só refri mesmo). Com 10 minutos de viagem algo inesperado (para alguns) aconteceu. Para alguns porque qualquer um com o mínimo de senso ao olhar para a lata velha que nos conduzia iria perceber que ela não aguentaria o tranco.

O pior é que não tinha nem em quem jogar a culpa. Ou melhor, tinha. Culpa do desgraçado que disse que emprestaria a 80, mas deixou a gente na mão com a 8 mesmo. Era pra ser um outro veículo, mas na última hora o dona arrumou essa encrenca pra gente.

Nisso o que acontece? Encosta e sai todo mundo pra ver o que aconteceu. Pelo que entendi, era alguma coisa do motor. Minha pouca experiência com mecânica agora me condena. Parecia ser simples de resolver*. O motorista (um dos nossos, bem entendido no assunto) apenas conectou um baguio lá e tudo certo, voltamos a andar . Voltamos a andar a pé! Tava uma subida da porra, tivemos que dar tranco e subir andando pra que aquele troço não morresse de novo. La no alto da estrada, todo mundo pra dentro, alegria de volta, vamo embora.

É verdade. Um pessoal tinha ido de carro. Folgados...

Todo mundo já oviu falar da Lei de Murphy. E nesse dia o desgraçado pegou firme com a gente. Conseguimos passar umas 4 subidas de estrada e... Já dá pra imaginar. Desce do carro todo mundo, arruma, espera. Nessa espera, um maluco resolveu simplesmente (do nada) abaixar as calças e sair correndo de cueca pela estrada (no maior estilo Blink 182).Após o momento de olhar embasbacado aquela tosca criatura, voltamos a si, demos tranco e voltamos a estrada.

A sétima vez foi fatal (sétima porque as outras vezes foram iguais a primeira, e estaria enchendo linguiça se descrevesse cada uma delas). A fdp não pegava nem no tranco. A sorte é que tínhamos chegado em uma cidade. Chamamos um mecânico e pronto. Pronto nada. A Kombi só ficaria pronta de noite. Estávamos agora em uma cidade desconhecida, imaginando os outros que a essa hora estariam chegando na chácara, se conhecendo, se divertindo, churrasqueando. E nós alí, sem poder fazer nada. Nisso, alguém da direção resolveu intervir. Ligou para alguém que provavelmente já estaria na chacara e pediu para que arrumasse uma caminhoneta e viesse buscar alguns de nós. Sim, eu fui um dos escolhidos a subir na caminhoneta.

Eu sei que cheguei tão podre no baguio que resolvi logo ir dormir, até que chegassem os outros.

O que aconteceu lá, e a volta na Kombi do capeta conto no próximo post, tenho que me arrumar pra faculdade (mas que folgado!)

* meu amigo Mauricio, o Marvim me disse que o problema foi em uma valvula do motor. Ele estava lá. E é bem mais entendido no assunto que eu