27 de fevereiro de 2009

Cagar é uma arte profunda...

Fazer coco é algo que todo mundo faz, porém, há uma grande vergonha em se assumir isso aos outros. O que é muito estranho. Por que alguém esconde que faz coco?

" - Ai! Vai que ele descobre que eu cago..."

A pessoa é entupida então? São algumas coisas que não entendo.

O caso é que para alguns, esse momento tem grande valor. Pessoas tem até rituais para fazê-lo. Alguns se despem totalmente, com a desculpa de que não querem que o cheiro fique impregnado na roupa. Outros preferem prender a respiração, alguns não engolem a saliva (acreditem, acontece!). Há aqueles que ligam o chuveiro, para afogar qualquer som ou ruído que possa sair do banheiro.

Há aqueles que se preocupam com os peidos. Eu particularmente me preocupo mais com o barulho que o coco faz quando cai na água. Algo como "plofct". É bizarro quando tem alguem na sua casa e esse alguém pede para ir no banheiro e a gente ouve os barulhos. O peido pode sair quando a gente urina, já o barulho de coco+água da privada é indefectível.

Gostaria de abrir meu coração e contar uma história que ocorreu quando eu já morava em Maringá. Como a maioria dos meus amigos morava (e ainda moram) em Paranacity, eu sempre ia visitá-los, Fazendo um rodízio das casas em que durmia. A história aconteceu na casa do Anderson...

O Anderson é um camarada da porra. Amigo mesmo, daqueles que a gente pode confiar. Mas nunca a gente pode cometer um deslize perto dele. A memória dele é foda. Ele vai lembrar nas suas últimas horas de vida de algum fato que aconteceu com vocês e vai tirar um puta sarro. Coisa de amigos.

Como vinha comentando, eu também tenho meus rituais. Só na minha casa, na suíte da minha mãe. O porque dessa preferência eu não sei, só sei que é assim.

Só que essa minha viagem a Paranacity, eu alonguei. Tava doido pra pega uma muié lá e fiquei mais tempo do que devia. Aliás, foi por causa dessa mina que o pessoal começou a me chamar de paga pau. Imagine você, comendo que nem um cavalo todos os dias e ficar 5 dias sem bater um barro. Ou sem por o moreninho pra nadar. Sem obrar. Sem fazer arte. Sem cagar, porra!

Pois é. Eu me encontrava nessa angustiante situação. Iríamos sair naquela noite, logo, fui tomar banho. No banheiro, eu olhei pra privada, ela olhou pra mim. Rolou aquela sintaxe. E eu me entreguei. Me entreguei de tal forma que...

Isso mesmo. Entupi a privada da casa de um amigo. O desespero tomou conta de mim. Devo ter dado umas 5 descarga. Mas nada daquele troço sair dali. Pensei comigo: "Vou tomar banho. Quem sabe não amolece". Saindo do banho rezei tudo que podia rezar, fiz figa, vudu, macumba, para que aquele troço fosse embora pro esgoto. Não foi.

Então eu me sujeitei... Eu TIVE que me sujeitar né. Me sujeitei a chamar o cara de canto e confessar. Ele deu risada. Ele deu MUITA risada. Foi alavanderia e perguntou à mãe sobre um pedaço de pau que ela usava pra desentupir o tanque. Ela logo sugeriu: "Anderson, você não...???" Ele só falou: "Pois é mãe.. Pois é..". Me senti aliviado. O cara não só não me culpou como também assumiu a culpa. Isso que é amigo.

Corajosamente ele enfiou aquele pau na privada, encostando naquela água putrida e conseguiu desentupir. Quando o cheiro finalmente deixou o banheiro, entrei para escovar os dentes. Mais tarde, já na rua, descobri que enquanto escovava os dentes o fi-duma-égua apontou para dentro do banheiro, tipo que querendo dizer: "Foi ele".

Estavam mãe, tia e irmã do cara.

Esses dias até fui dormir lá de novo. E como "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar" resolvi dar uma cagadinha basica. Cortando o coco com a bunda para que ficassem em pedaços pequenos. O resto da história não preciso contar né. Só que dessa vez um barbeador dele foi pro pau. E ele ficou sabendo só depois, quando chegamos na rua.

Um raio cai SIM duas vezes no mesmo lugar. Pelo menos na mesma privada...

(e nem cheguei a pegar a mina lá, puta azar)